Uma ação solidária promovida pela ONG (Organização Não-Governamental) Cabelegria, em parceria com o Instituto SAB (Sociedade Assistencial Bandeirantes), está doando perucas a pacientes com câncer que estão fazendo quimioterapia ou mesmo quem sofreu queda de cabelos por conta de outro tratamento médico.

O Banco Móvel iniciou suas viagens no dia 4 de setembro e já passou por 3 dos 10 hospitais estaduais previstos no roteiro, que viajará por cidades de todo o Estado de São Paulo. Além de oferecer o serviço, o "truck" também conta com um salão de beleza. Em quase três semanas, foram distribuídas cerca de 200 perucas das 500 que foram disponibilizadas.

É a primeira vez que a ONG faz um projeto desse tipo. "É uma maneira de levar as perucas para os clientes de uma forma mais aconchegante. Muitos pacientes que não tinham acesso a esses produtos ou sequer sabiam da nossa existência", conta a presidente da Cabelegria, Mariana Robrahn. "Isso chama a atenção para a causa, desperta o interesse das pessoas."

As redes sociais têm sido fundamentais para promover a ideia, inclusive por uma corrente no WhatsApp. A página do Cabelegria no Facebook conta com mais de 300 mil curtidas e são quase 50 mil seguidores no Instagram.

O diretor do Instituto SAB, Dr. João Aidar Coelho, explica que a Secretaria Estadual da Saúde também contribuiu para o desenvolvimento do projeto, indicando que hospitais podem ser atendidos pela ONG. Não há nenhum tipo de investimento de dinheiro público, assim como não há custo para o paciente que vai retirar a peruca.

Origem

Apesar da novidade, não é de hoje que Mariana vem tentando sensibilizar o público a ajudar pacientes oncológicos. Tudo começou em setembro de 2013, quando a publicitária e sua amiga Mylene Duarte criaram um evento no Facebook convidando algumas amigas a doarem suas madeixas.

Ao descobrir que nenhum hospital possuía condições de confeccionar uma peruca, elas criaram uma campanha para divulgar a causa. A proposta viralizou e em dezembro as amigas já estavam com uma peruca em mãos. A princípio, o projeto era voltado a atender crianças, mas em 2015 a ONG passou a atender adultos também.